O detetive norte-americano Munph Sterield já havia chegado ao local do crime, cerca de duas horas depois, pois estava no fim de uma investigação perto da fazenda, onde ele procurava um perigoso assassino. Atendendo ao pedido do detetive, ninguém havia mexido em nada no banheiro; ele estava intacto.
Sterield, o médico Ernesto e o delegado Souza, ao chegarem, dirigiram-se ao local do crime. A fazenda estava silenciosa. Todos estavam em suas casas, receosos, com medo de que alguma coisa pudesse novamente acontecer. Os três, ao chegarem na casa de Manoel, foram logo para o banheiro, onde provavelmente Estella havia sido assassinada.
A porta do banheiro estava fechada, assim como Manoel havia encontrado. O detetive abriu-a devagar e logo viu a torneira aberta e a luz acesa.
― Estava assim mesmo quando o senhor entrou? – perguntou o detetive ao pai da garota.
― Sim; eu não fui capaz de mexer em nada... – Manoel suspirou profundamente. – Minha filha... tão linda... – começou a chorar e saiu logo do banheiro.
Os homens começaram a olhar para todo o banheiro e viram a menina ensangüentada no chão. O que mais intrigou-os foi o fato de haver manchas de sangue na parede.
― Muito estranho essas manchas de sangue na parede... não condiz com o modo do assassinato – observou Sterield passando a mão direita no queixo.
― Realmente! – concordou o delegado Souza. – Ernesto, quantas facadas a menina recebeu?
Ernesto, usando uma luva, examinou o corpo de Estella. O assassino atacou-a com sete facadas: duas na cabeça, uma no lado esquerdo do seio e quatro no abdômen. Ele contou para os dois e voltaram a conversa:
― Se a menina foi assassinada à facadas e rapidamente, porque as manchas de sangue? – observou Souza.
― Na verdade, ainda não sabemos o tempo que a garota ficou viva no banheiro – acrescentou Sterield.
― Ouvi dizer que o pai da Estella havia ouvido a garota gritar antes dele chegar aqui – disse Ernesto.
― Mais um motivo: se o assassino matou-a com facadas, onde provavelmente a primeira foi na cabeça levando em conta a profundidade e localização das facadas, certo Ernesto? – disse Sterield.
― Correto – confirmou o médico.
― Então – continuou o detetive – ela não teria tempo de gritar, o que acentua a possibilidade, é a quantidade de facadas, a primeira já a mataria; e quando Manoel chegou o assassino já não estava aqui; portanto, levando em conta o tempo do assassinato, algumas coisas ainda não estão bem resolutas.
― Bem colocado senhor Sterield. Temos de começar o mais rápido possível os depoimentos – disse Souza.
― Então vamos aos depoimentos! – disse o detetive
Capitulo 2 - Assassinato n fazenda de Rony
Posted by Adm. Fallengels Br
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