Capitulo 3 - Assassinato na fazenda de Rony


Os três se sentaram em volta de uma mesa da casa de Manoel. Ele seria o primeiro.
― Sente-se por favor Seu Manoel! – Disse Souza apontando para a cadeira.
Manoel sentou-se e os quatro ficaram a olhar-se por alguns instantes, até que Sterield tomou a palavra:
― Bom, começaremos pelos fatos: O que aconteceu ao seu modo de ver?
― Bem... – começou Manoel – minha filha havia queimado o braço com óleo quente, quando estava fazendo comida para min, coisa que ela sempre fazia quando eu chegava do serviço – o homem aparentava estar muito assustado e deprimido e evitava olhar nos olos do detetive. – Ela foi no banheiro lavar a queimadura e algum tempo depois eu ouvi um forte grito, corri até lá e... – ele não conseguia terminar a frase.
― Do momento em que ela foi ao banheiro para o momento em que você ouviu o grito, quanto tempo havia se passado? – perguntou o detetive.
― Deixe-me ver... – o homem pensou um pouco olhando com concentração para a mesa. – Depois que ela foi ao banheiro eu só vim ouvir o grito cerca de três ou quatro minutos depois.
― E o que o senhor fazia nesse meio tempo?
― Lia meu jornal.
― Por acaso eu poderia ver esse jornal?
― Sim! – Disse Manoel se levantando e indo para a sala pegar o jornal que estava em cima da mesa de centro. – Aqui está! – Ele entregou-o para Sterield que se levantou para receber o jornal. Curiosamente, a primeira página falava exatamente de Sterield. Afinal ele investigava o paradeiro de um assassino extremamente perigoso, que matava as pessoas simplesmente por prazer de ver sangue.
― Bem, por enquanto eu já tenho o que preciso de você. Ah, você tem certeza que seu álibi é o fato de você estar lendo jornal?
― Com certeza! A não ser que você esteja ensinuando que eu matei minha própria filha!
― No momento eu nem te acuso nem te considero inocente. No mundo em que vivemos hoje, essas coisas acontecem com muita freqüência. Mas enfim, o senhor já pode se retirar.
― Tudo bem! – disse Manoel indo provavelmente para a casa de algum amigo da fazenda.
Após Manoel retirar-se, os três começaram a conversar:
― Você acha mesmo que ele pode ser o assassino? – perguntou Ernesto a Sterield.
― Apesar de ser cedo para tirar conclusões, ele é uma pessoa que eu tenho dúvidas.
― Ora porquê? – perguntou Souza.
― Porque ele me parece estar omitindo algum detalhe... É difícil de explicar...
― Mas enfim, quem será o próximo a prestar depoimento? – perguntou Ernesto.
― A próxima pessoa será a vizinha: a srta. Marta – respondeu Souza.


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