Capítulo 1 - Assassiato na fazenda de Rony


Estella era uma garota muito pobre, trabalhava quando tinha apenas 7 anos em uma pequena fazenda de um fazendeiro muito rico.
Quando tinha 11 anos, sua “especialidade” era colher alimentos das grandes hortas do fazendeiro mais rico das redondezas: Ronivaldo da Cruz, mais conhecido como Rony.
As crianças que trabalhavam na fazenda não se davam muito bem com Estella, por motivos que até ela mesma desconhecia.
Estava um dia ensolarado e um ar de “não tenho o que fazer”. Estella estava sentada em uma janela enferrujada, que era bem baixa e que dava fácil acesso à casa. A menina era muito bonita, com olhos azuis, um rosto de boneca e porcelana, cabelos um pouco desarrumados mas que mesmo assim, enfatizava ainda mais a beleza “estrondante” da garota.
Estava a observar um grupo de crianças que brincavam. Ao perceberem que Estella os olhava, digiram-se para perto da menina. Uma das crianças (que aparentava ser a mais velha), quis tirar satisfações com ela:
— Ei! O que foi? Nunca viu gente não é!? – perguntou com grosseria o menino de pele morena que se chamava Léo.
— Me desculpe! – disse ela arrumando o cabelo que cobria parte de seu rosto - Não pensei que vocês fossem se irritar.
— Ora, o que está acontecendo aqui? – perguntou o pai de Estella, Manoel, que acabara de chegar. Ele era um pai extremamente protetor com sua filha.
— Nada não seu Manoel! Nós apenas estávamos convidando ela para brincar. – mentiu um outro garoto chamado Toninho, que era muito bom em inventar mentiras.
— E você não vai brincar com eles filha?
— Não pai, vou preparar a comida para o senhor. – disse ela disse ela levantando da janela e indo para a cozinha.
Manoel trabalhava na mesma fazenda onde moravam. Costumava criar animais, e cuidou de Estella desde pequena, pois sua mulher havia sido assassinada.
A garota estava fazendo o almoço e queimou-se com óleo quente.
— Ai! “Diabo”! Como sou tonta!
— O que aconteceu filha? – perguntou Manoel entrando na cozinha espantado.
— Eu me queimei com óleo quente.
— Ah minha filha, tenha mais cuidado!
— É... vou lavar com água fria para ver se melhora.
Caminhou para o banheiro que ficava logo após a janela em que estava sentada. Ao entrar, fechou a porta, e antes de uma gota se quer pingar na queimadura, viu a porta abrir-se...
Manoel ouviu aquele grito... abafado... estridente... estrondoso... era Estella.
Desesperado, correu para o banheiro e viu a porta fechada. Com medo de ter alguém lá dentro, pegou um facão que pertencia ao seu falecido pai, empurrou a porta e entrou rápido. A torneira estava aberta e a luz acesa... Estella estava caída no chão esfaquiada.
A quantidade de sangue que havia espalhado pelo local era quase inacreditável. Completamente ensangüentada, a menina havia recebido várias facadas na face e no abdômen.
Manoel não agüentou ver a cena e desmaiou.


0 Responses So Far: